Sete anos depois de ganhar o Brasil, a família de compactos reestreia em sua formação completa e após uma reforma profunda que pretende manter o trio entre os campeões do mercado. O lançamento comercial será escalonado. O HB20 hatch chega primeiro, em outubro. O sedã e o aventureiro devem ser lançados logo depois, entre novembro e dezembro.
O top de linha vem com ar-condicionado digital, entrada e partida sem chave, retrovisores com rebatimento elétrico, sensor de estacionamento com câmera de ré, câmbio automático com borboletas no volante, sensor de luminosidade, sistema start-stop (desliga e religa o motor nas paradas para economizar combustível) e controle de cruzeiro.
Em segurança, os destaques vão para o alerta de mudança de faixa e sistema de frenagem automática, dois itens sofisticados e incomuns para o segmento compacto.
A segurança ativa é completada pelos controles eletrônicos de estabilidade e de tração, com direito a hill-holder. Mas, caso nada disso evite um acidente, só há dois airbags laterais dianteiros. Na configuração do HB20X poucas mudanças em relação aos itens do hatch. A diferença em relação ao HB20 convencional apresentado é o motor 1.6 aspirado, que será oferecido em outras configurações.
O propulsor Gamma agora tem 130 cv/123 cv e 16,5/16 kgfm de torque, respectivamente com etanol e com gasolina e o câmbio pode ser manual ou automático, ambos com seis marchas. Uma novidade é o uso de sistema start-stop também nessa motorização.
A grande estrela é a estreia de um 1.0 turbo mais moderno, com sistema de injeção direta de combustível (indisponível na primeira geração). Com isso, o tricilíndrico sobrealimentado é capaz de gerar 120 cv de potência e 17,5 kgfm de torque com etanol a apenas 1.500 rpm (independente do combustível). A versão turbo terá aletas atrás do volante e vem sempre com transmissão automática.
O novo HB20 muda quase tudo para fazer frente aos muitos novos rivais — entre eles os Fiats Argo e Cronos, o Ford Ka e o Toyota Yaris nas carrocerias hatch e sedã, e os Volkswagens Polo e Virtus. O design foi totalmente reformulado por fora e por dentro, e há uma série de novidades entre equipamentos, materiais e motores.
A plataforma também foi atualizada e recebeu reforços estruturais (aços de ultra-alta resistências estampados a quente), para ficar mais rígido e estável em movimento, e para obter uma classificação melhor nos crash-tests do Latin NCAP — o HB20 anterior recebeu quatro estrelas, mas não conseguiria repetir esse resultado com os novos critérios. Caberá ao novo garantir as cinco estrelas.
O porém é que a arquitetura original foi mantida em grande parte. A plataforma é a mesma de antes, exceto na distância entre-eixos, que foi esticada em 3 centímetros para aumentar sobretudo o vão para pernas no banco traseiro (são 2,53 metros no total), que tinha espaço reduzido.
O acréscimo não alterou o porta-malas do hatch, que continua com 300 litros. Contudo, o sedã teve o espaço ampliado em 25 litros e chegou aos 475 litros de capacidade.
A despeito do novo estilo, é possível ver que o HB20 mantém um pé na vida passada especialmente nas colunas dianteiras, que seguem conectadas aos ressaltos do capô. A Hyundai sempre considerou o estilo um dos pontos mais fortes do seu compacto.
A dianteira ganhou novos faróis com luzes diurnas de LED na parte interna. A iluminação é mais moderna e não parece um “lápis de olho” como no conjunto ótico anterior. Já as lanternas agora possuem formato de “L” invertido (no caso do hatch).
Fonte: revistaautoesporte.globo.com